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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Guia de empresas juniores

Guia de empresas juniores




Conheça como é a estrutura de uma empresa júnior e saiba como montar uma dentro da sua universidade


É cada dia mais comum ouvirmos falar em Empresas Júnior dentro das instituições de ensino superior. Mas, na realidade, pouco se esclarece àqueles que desconhecem o termo sobre o que é realmente essa entidade.


Empresa Júnior é uma associação civil sem fins lucrativos constituída e gerida exclusivamente por alunos de graduação de faculdades ou universidades, nas quais ela se insere, presta serviços e desenvolve projetos para empresas, entidades e para a sociedade em geral nas suas áreas de atuação, sempre sob a supervisão de professores.


Além disso, tem como objetivo principal propiciar aos estudantes a oportunidade de aplicar e aprimorar os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso.
Com a orientação do diretor de integração da Rede Brasil Júnior, Marcos Dias Rego e do vice-presidente da Mega Júnior, empresa júnior da Anhembi Morumbi, Leandro Silveira, o Universia reuniu informações preciosas a respeito do Movimento das Empresas Juniores no Brasil. Confira a seguir:


Como e quando surgiu a primeira empresa júnior do mundo?
A primeira empresa júnior surgiu na França em 1967, com a iniciativa de empresários juniores da L´Ecole Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales de Paris. Desde então, esse movimento foi aumentando e se difundiu por vários lugares do mundo. Quando fundaram a primeira, as instituições de ensino perceberam que a empresa júnior faturava tanto quanto uma empresa normal. Para se ter uma idéia, o faturamento da empresa júnior francesa no primeiro ano de funcionamento foi de US$ 19 milhões.


Como e quando surgiu a primeira empresa júnior do Brasil?
No Brasil, essa iniciativa chegou no estado de São Paulo em 1987, pela Câmara de Comércio Franco-Brasileira. Então, surgiam as três primeiras empresas juniores do país: EJ-FGV, Júnior FAAP e Júnior Poli Estudos. A partir disso, outras empresas juniores, em especial da Unicamp e USP, começaram a despontar como centros de excelência nesse assunto.


Como as empresas juniores se organizam?
Existem no Brasil cerca de 750 empresas juniores com mais de 23 mil universitários envolvidos. Elas são representadas por nove federações estaduais, que juntas formam a Rede Brasil Júnior. Cada federação tem o seu estatuto padrão, mas todas procuram seguir o mesmo modelo.
Além disso, em 1993, as empresas juniores começaram a se organizar melhor e aconteceu o I Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ), que foi realizado em São Paulo. A partir disso, os encontros são realizados anualmente. Em 2005 será a 13ª edição do ENEJ, que vai acontecer no Rio de Janeiro entre os dias 10 e 14 de setembro.


O que é a Rede Brasil Júnior?
No ano de 2001, as empresas juniores, que já se aglomeravam em federações estaduais, começaram a amadurecer um pouco mais e traçaram metas para a fundação de uma confederação brasileira. As metas foram traçadas por dois anos e em 2003, no 11º ENEJ, realizado em Salvador, foi fundada a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a Brasil Junior.
A Brasil Júnior se propõe a passar diretrizes nacionais para que sejam adotadas pelas federações. Além disso, trabalha como um portal de colaboração e conhecimento, que promove a integração dos empresários juniores de cada Estado. O intuito maior é cada vez mais regulamentar a atividade das empresas juniores que ainda é pouco trabalhada em algumas universidades.


Como fundar uma empresa júnior?
É recomendado a todos os alunos que queiram abrir uma empresa júnior para que entrem em contato com a federação estadual (clique aqui para saber como entrar em contato com a federação do seu Estado). A federação estadual é a referência do movimento de empresa júnior em cada Estado brasileiro. Além disso, esse estudante que tem vontade de abrir uma empresa júnior deve juntar um grupo com pelo menos mais cinco pessoas, o grupo não deve ser muito grande, porque nesse primeiro momento é interessante que todos os membros compartilhem de um mesmo ideal para poder fazer as coisas acontecerem de uma maneira mais eficiente.
Esse grupo precisa se adequar ao ideal do movimento de empresas juniores e para isso foi confeccionado um documento chamado Conceito Nacional de Empresa Júnior. Esse conceito enquadra as empresas juniores dentro das suas características especiais, como por exemplo, o caráter de empresa sem fins lucrativos, ou seja, os membros que trabalham em uma empresa desse tipo não são remunerados. Outras características que uma empresa júnior deve ter são possuir uma denominação, sede e finalidade, além de nome, endereço e CNPJ próprio.


Qual o perfil dos alunos que trabalham em empresas juniores?
A empresa é formada e gerida por estudantes de graduação. Existe um professor que orienta apenas alguns projetos de consultoria. A gestão interna da empresa é feita pelos estudantes. Por exemplo, um projeto de Engenharia precisa ser assinado por um engenheiro responsável, ou seja, esse arcabouço é oferecido pelo professor orientador. O professor vem para respaldar e dar uma chancela maior aos projetos de consultoria dessas empresas.
A competitividade do mercado faz com que a vida profissional se inicie cada vez mais cedo. Durante o período acadêmico, o jovem se envolve em estágios, cursos extracurriculares, feiras, faz contatos e cuida de sua imagem pessoal, enfim, é na universidade que a vida profissional se inicia. Entre todos os estudantes universitários, há os que vão além do padrão, esse são os que estão nas empresas juniores e desenvolvem projetos ousados, tornam-se fortes líderes estudantis e assumem responsabilidades com a faculdade. São jovens especiais, com forte personalidade direcionada para uma inovação empreendedora. São alunos potencialmente insatisfeitos apenas com o ensino acadêmico, que querem desbravar as fronteiras encontradas no dia a dia.


Quais os diferenciais que o aluno egresso de uma empresa júnior possui em relação aos outros alunos da universidade?
A pessoa que participa do movimento de empresa júnior leva uma bagagem de experiências muito grande quando termina a graduação. Essas pessoas que participam do MEJ (movimento de empresas juniores) têm a oportunidade, durante o período da graduação, de participar da decisão da construção de uma microempresa. A capacidade e as habilidades gerencias, a oratória, a capacidade de trabalhar em grupo, negociação com o cliente, é uma grande bagagem que esse estudante universitário vai acumulando no decorrer da sua graduação.
Na verdade, o que acontece é que antes de ingressar no mercado você já tem a oportunidade de conhecê-lo e de poder saber onde esse mercado pode lhe oferecer um retorno maior. É possível identificar algumas falhas e oportunidades antes mesmo de fazer parte deste mercado. E a partir disso fazer proposições e encontrar portas abertas nos lugares corretos. Ele é capacitado muito além da graduação. Essa capacidade de aliar teoria à prática vai construindo uma postura maior em cada uma das pessoas que estão inseridas no MEJ.
O grupo de alunos que trabalha em uma empresa júnior é diferenciado porque trabalha, estuda e ainda busca desenvolver projetos de consultoria. Provavelmente, quando se formar, esse aluno vai ter o seu negócio próprio, porque busca o empreendedorismo. A empresa júnior é uma oficina de trabalho, onde o estudante vivencia o mercado, desenvolve e executa projetos, tornando-se um profissional preparado para trabalhar em equipes e enfrentar os desafios do cotidiano.
Esse estudante desenvolve um espírito mais crítico, para uma análise empreendedora. A empresa júnior proporciona a aplicação prática do conhecimento teórico relativo à área de formação que esse aluno tem dentro da universidade.


As empresas juniores são sérias?
As empresas juniores prestam serviços de consultoria nas diversas áreas do conhecimento. No último censo feito em 2001 pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores, foi constatado que elas realizam cerca de 3.000 projetos de consultoria por ano. As empresas juniores prestam serviços de qualidade com orientação de professores, ou seja, o selo das instituições de ensino superior está por trás dando todo o respaldo que a empresa júnior precisa. Existe um grupo de consultores juniores, que são estudantes de graduação, assessorados por mestres ou doutores da instituição, que prestam um serviço de qualidade a um preço bastante inferior àquele que encontramos no mercado. O mercado está vendo que a empresa júnior é tão eficiente quanto qualquer outra empresa.
O dinheiro ganho é sempre reinvestido na empresa. Vale lembrar que parte desse dinheiro é destinado a cobrir os custos variáveis do projeto, como locomoção, por exemplo. O que sobra nas negociações é reinvestido em capacitação para os membros, em novos equipamentos, uma série de benefícios que agregam mais valor ao estudante universitário.


Todas as empresas juniores são iguais?
As empresas juniores espalhadas pelo Brasil são diferentes umas das outras. É verdade que há diversas semelhanças, porém não existe um padrão único que segue a mesma estrutura organizacional e as mesmas normas de funcionamento. As empresas seguem um parâmetro que é definido nacionalmente, mas nas peculiaridades nada é interferido. Por exemplo, quando o aluno ingressa na empresa júnior assume um termo de compromisso, onde se compromete em executar as funções que lhe foram dadas e a partir disso trabalha o tempo que quiser.


Retirada de: UNIVERSIA
Site: http://universia.com.br/carreira/materia.jsp?materia=6541

Não deixe de ler no UNIVERSIA:


Guia de empresas juniores
Conceito Nacional de Empresa Júnior
Federações Estaduais
Lista das empresas juniores federadas à Brasil Júnior
Guiando os primeiros passos

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